Os textos ora trazidos à publicação enfeixam-se em torno das garantias penais em um momento particularmente difícil por que passam as ciências criminais aos trinta anos da Constituição de 1988. São contribuições prestadas essencialmente por professores e advogados, que também ganham contornos de homenagem ao colega Alexandre Wunderlich, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) há 20 anos, e advogado militante na área criminal há 25 anos. O objetivo de todos, com essa iniciativa, é de que se mantenha acesa a chama do debate, sempre na premissa de que ninguém está inteiramente na posse da verdade. Propiciar que haja espaço não só para uma, e sim para muitas razões (Zagrebelsky), é um ponto de partida fundamental para evitarmos que a polarização, tão presente em diversos segmentos da política e da sociedade civil, passe a dominar um ambiente científico tão sensível como o das ciências criminais, em que a única força que deve preponderar é, precisamente, a força da razão. E pela razão, sempre em defesa da liberdade, estamos dispostos a resistir.
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